Andrea Portela, 1971, vive e trabalha em Juiz de Fora MG, e transita entre o Rio de Janeiro RJ, onde estuda pintura e processos com o mestre Roberto Tavares no Centro de Artes Calouste Gulbenkian, desde 2024. Sua primeira formação foi em Pedagogia (1993), anos depois se formou em Designer de Moda (2007), logo se tornou Mestra em Estudos de Cultura Contemporânea (2010) e Doutora em Ciências Sociais- Antropologia (2017). Em 2023, conheceu a gravura no curso do professor Daniel Dantas, em Juiz de Fora MG. Também realizou o curso Da criação à exposição, de Sérgio Fingermann. E, em 2025, começa a elaborar o projeto artístico com o Núcleo Contemporâneo.

Lecionou em diferentes instituições de ensino até 2023, quando decidiu se dedicar a criar e desenvolver sua arte. Também atuou como figurinista e em coletivos de arte com intervenções urbanas e fotografia, na cidade de Cuiabá MT, até 2011, quando se mudou para Minas Gerais.

Suas pesquisas acadêmicas sempre tiveram conexão com a arte. Como na dissertação, Artes de vestir: performatividade e cotidiano, em que tratou dos aspectos criativos nos processos de troca de roupa e montagem visual de pessoas comuns em comparação com artistas performáticos.

E na tese, Trajetórias sociais das Roupas do Museu Mariano Procópio: Tramas e afetos. Sobre esse trabalho, foi a primeira pesquisadora a investigar a coleção de indumentárias de Alfredo Ferreira Lage, destacando as peças femininas para tratar da relação entre pessoas e objetos, ou como as coisas são fundamentais em nossa existência e agem sobre nós de diferentes maneiras. Logo depois, orientou trabalhos de iniciação científica com os materiais levantados em sua pesquisa, como para a elaboração de uma réplica de vestido de Maria Amália Ferreira Lage, que idealizou e orientou e teve grande repercussão midiática, sendo até hoje parte do acervo e exposição permanente desse que é o primeiro museu de Minas Gerais e tem um importante acervo de interesse nacional.

Já escreveu diversos textos em livros e revistas especializadas em moda e artes visuais.

Desde que se dedica à arte, em pinturas, gravuras e processos híbridos, já participou de várias exposições individual e coletivas nas cidades de Juiz de Fora MG e Rio de Janeiro RJ. Também tem participação em eventos, como em uma projeção de obras artísticas no espaço urbano da cidade de Belém PA, e em Galerias Virtuais e Revistas digitais.

A trajetória artística fala das experiências, sobretudo, dos lugares por onde passou e viveu. Se interessa por micro acontecimentos e por olhar a natureza ao seu redor. A pintura revela um jogo de transparências, claros e escuros, e uma superfície opaca de mistérios e revelações. Tudo o que o olhar e cultura podem reunir viram uma espécie de paisagem.

Busca estabelecer diálogos com outros artistas baseados nas conexões que estabelecem entre a luz e a escuridão, as sutilezas, a condição humana e os aspectos e pessoas marginalizados pela sociedade. Se interessa por movimentos contemporâneos como os da década de 1960 e a poética da desconstrução, que permite olhar as coisas cotidianas e torná-las inesperadas.

No site estão disponíveis alguns links de texto, imagens e fontes de interesse sobre as ações mencionadas e experiências artísticas anteriores.